Não me lembro bem quando, mas há uns bons anos atrás, deixei de acreditar no famoso “que ano ruim”. Escolhi olhar para a minha linha do tempo de uma maneira diferente. Primeiro porque ela não é tão “reta” como parece, e segundo porque viver através dos anos, é estar presa ao bom e ruim. Jogando a real, será que o bom e o ruim existem realmente ou é apenas um ponto de vista que criamos?

Ontem e hoje minhas redes sociais foram tomadas com publicações com a frase “2020 te fez feliz ou forte?” e por um tempo parei para questionar se a gente precisa escolher ser uma coisa ou outra. Eu acredito que 2020 foi um ano de ressignificado, na alegria, tristeza, força, fraqueza, sentimentos e situações que escancararam tudo aquilo que precisa ser repensado.

No esporte não foi diferente. As competições mundo a fora se mostraram frágeis demais – tivemos até uma Olimpíada adiada. Na contra mão, o esporte em sua essência mais amadora, se mostrou fundamental para preservar saúde física e mental.

imagem: reprodução/arquivo pessoal – Juliana Manzato

Movimentar o corpo – finalmente – ganhou um novo significado. Deixamos de olhar a barriga chapada como objetivo para o verão e passamos a compreender que ser constante é melhor do que ser “fitness”. Afinal, todo mundo que tem uma “life”, tem um “style”.

Convenhamos, que loucura foi aquela que entramos quando acreditamos que frango com batata doce era a melhor opção para almoço ou jantar, hein?

Talvez não seja a virada do ano, mas uma virada de chave que questione todas as nossas escolhas e conexões. A profundidade das nossas escolhas iluminam projeções sobre o futuro, próximo e não tão próximo assim.

Leva-se tempo para construir um novo hábito, bem como criar consciência para novas escolhas. O famoso “não é para ter pressa, mas também não vamos perder tempo”. Uma boa reflexão para ser feita hoje, amanhã e depois, e para sempre. Todos os dias podemos subir mais um degrau, ressignificando aquilo que já não faz mais sentido.

Independente de 2021, o primeiro tijolo para uma grande mudança pode ser colocado hoje. Vale para vida, mas vale principalmente para o esporte. O nosso corpo é veículo para vivenciar a experiência mundana.

O corpo não sabe o quanto é o seu pace, tão pouco se importa com o seu giro, ou com a medalha conquistada, seu corpo quer te recompensar por simplesmente estar em movimento.

Acho que depois de ler esse conteúdo até aqui, é de bom tom, agradecer seu corpo por toda recompensa dada até aqui. E que venha mais, e sempre.

Movimente-se.

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