Eliud Kipchoge, detentor do recorde mundial em maratona, diz que “nenhum ser humano é limitado”. Eu acredito nisso. E ainda, que a idade de ninguém define o que ela é ou não capaz de fazer, não acredite em quem diz que “já passou da idade”. Você não é limitada, ainda mais por sua idade!
Muitas vezes pacientes e amigos me perguntam: - Van, como você consegue fazer tanta coisa num dia só? Pedala, atende, pilates. A resposta é sempre a mesma: ROTINA E DISCIPLINA. Rotina não tem nada a ver com monotonia, é a organização do seu dia, para que você consiga fazer tudo o que se propõe a fazer. Disciplina é a capacidade de seguir determinada coisa, independente das adversidades.
O bodyboard estava lá, não só como esporte, foi ”tábua da salvação”, minha terapia, minha cura. Foi onde me descobri e entendi que meu interesse não era competir, era estar no mar, pegar ondas e aproveitar a sensação ao máximo.
O meu sonho e propósito nesta jornada é gerar caminhos sustentáveis para qualidade de vida e prosperidade às pessoas que vivem na periferia, gerar conscientização ambiental, posicionamento critico e amplo sobre as possibilidades da vida. Que toda criança periférica tenha acesso às artes, esportes, filosofia, tecnologia e principalmente desenvolvam confiança e auto-promoção.
Se tem uma coisa que pedalar ensina é que todo dia você tem uma microvitória. E isso em tempos tão estranhos, é algo para se comemorar, e muito. O esporte faz a gente se comparar com a gente mesmo o tempo todo e essa evolução requer esforço e autocuidado. Quando conseguimos é preciso celebrar.
Muitas vezes eu achei que determinado esporte não era pra mim por não conhecer pessoas no meio ou por eu não achava acessível para o meu bolso, também tinha duvidas da minha capacidade física, e pensava que não tinha corpo para tal. Foi a escalada que me ensinou a competir comigo mesma e não me comparar ao coleguinha do lado que está em níveis mais difíceis.