Sátila durante participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

Aos 26 anos, o nome número um da canoagem slalom brasileira, Ana Sátila, já conta com três passagens nos Jogos Olímpicos e está na preparação para a edição de Paris 2024. Filha de atleta, a brasileira, natural de Minas Gerais, começou a remar aos nove anos e desde então não deixou as águas. Ela fez história ao ser a primeira mulher representante da bandeira verde e amarela a chegar a uma final da canoagem Slalom. Após três medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos Pan-Americanos, a canoísta se dedica a um novo desafio: competir em três categorias da modalidade – K1, C1 e Canoagem Extremo.

Agora, na busca de um lugar no pódio, Sátila conta com a ajuda do treinador Italiano Ettore Ivaldi. O profissional participou de todo o ciclo olímpico da canoagem, desde que o esporte retornou oficialmente ao programa em 1992. Ivaldi já foi diretor técnico de equipes como a Itália, a Espanha e o Brasil. Em um país que sediou um dos maiores eventos desportivos do planeta, os obstáculos não são sempre estruturais. 

“Era o que faltava para nossa preparação ficar completa, um técnico com experiência internacional e que soubesse como administrar a equipe. Isso que faltou para Tóquio na minha opinião. Tinha um local esplêndido para treinar, que é o Parque Radical de Deodoro, onde a gente tem a pista que foi criada para os jogos do Rio. A gente já tinha tudo, só faltava esse passo mesmo”  – explica Sátila.

O italiano começou a treinar a jovem quando ela tinha apenas 14 anos, mas este curso foi interrompido após o Rio 2016 por falta de recursos financeiros. Sátila treinou sozinha por cinco anos e foi aos Jogos de Tóquio sem nenhum suporte técnico. Finalmente neste ano o Comitê Olímpico Brasileiro o trouxe de volta. Nas palavras da atleta, Ivaldi a tirou de ser ninguém no cenário mundial da canoagem para ser uma possível medalhista olímpica.

Em 2021, a atleta chegou às finais das Olimpíadas. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

“Infelizmente, a canoagem slalom é da Europa, por isso nós precisamos estar lá o tempo todo competindo e trocando experiência. Isso ele conhece bem, então acaba sendo uma vantagem muito grande agora para nós. Falta só treinar muito e aprender toda a experiência que ele tem para passar. Pela primeira vez eu me sinto como atleta profissional mesmo. Eu estou aqui para treinar e dar o meu melhor, dia e noite e representar o meu país” – conta a mineira. 

A dois anos de Paris 2024, desta vez Sátila tem suporte não só do treinador, mas também de professores, fisioterapeutas e médicos. Para Ivaldi, o trabalho não é só um atleta, mas de um time que está se dedicando por toda a equipe. Em breve, ambos irão à França para conhecer o percurso da próxima edição dos Jogos.

“O canal para 2024 já está preparado, a França está treinando lá. Nós, ainda em 2022, planejamos um período para conhecer as águas. Eu acho que a Ana tem possibilidade de estar em todas as finais das Olimpíadas  – do K1, C1 e da Canoagem Extrema”, afirma Ivaldi.

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