A primeira etapa do Billabong Pro Pipeline, que começou ontem, 29, e deve ir até 10 de fevereiro, em Pipeline, no Havaí, já é muito especial e… histórica!

Essa será a primeira etapa da história do Circuito Mundial Feminino de Surfe realizada em Pipeline, considerada a onda mais famosa do mundo. Antes, a etapa do circuito feminino acontecia em Honolua Bay, Maui, também no Havaí. A mudança para Pipe só aconteceu depois de ataques de tubarão.

É importante lembrar que pouquissímas mulheres competiram em Pipe, e quando competiram foram como convidadas para torneios masculinos. Nem sempre o surfe foi um lugar para mulheres. A equidade de gênero e todos os seus desdobramentos foi swell recente.

Pipeline entrou de vez para calendário feminino em 2022, e pela primeira vez os circuitos feminino e masculino terão etapas iguais, bem como premiações – que já são iguais desde 2019. Este ano os vencedores das cinco primeiras etapas do Circuito Mundial receberão US$ 80 mil, enquanto os vencedores dos cinco eventos após o corte no meio da temporada receberão US$ 100 mil por evento. A vitória no WSL Finals renderá US$ 200 mil para o campeão de cada categoria. Números retirados da matéria “A onda dos sonhhos”, do Uol Esportes.

O movimento que a WSL fez mostra que é possível não só equiparar as modalidades, como apresentar para o mercado esportivo novas possibilidades com o surfe feminino. Sem contar o impacto nas próximas gerações.

Tati Weston-Webb é a única brasileira no circuito feminino de 2022 e segue como atual vice-campeã mundial, mas sabemos que será por um breve período já que a Brazilian Storm feminina vem mais forte do que nunca. Sophia Medina, Isabelle Nalu, Laura Raupp, Pamella Mel e Tainá Hinckel são alguns nomes que já fazem muito barulho, dentro e fora da água.

Representatividade importa, e muito. É maravilhoso ver o surfe feminino crescer e aparecer, não só no circuito mundial, mas no acesso, nas competições locais e não menos importante, no mar. Entrar no mar e encontrar mais mulheres em cima da prancha traz uma sensação de pertencimento incrível.

O surfe feminino tá ON!

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